terça-feira, 5 de março de 2019

Prática 1 – Equilíbrio Dinâmico da Vida.


Prática 1 – Equilíbrio Dinâmico da Vida.

Objetivo: principal do jogo é fazer com que os alunos aprendam de forma significativa e visualizem as relações apresentadas na dinâmica das populações de um ecossistema e, indiretamente, compreendam outras relações não contempladas no jogo. Com esta atividade sugerida procura-se promover uma boa interação entre os próprios alunos e entre alunos e professor. Durante o jogo, indica-se que o lado emocional poderia ajudar no aprendizado, a ser avaliado posteriormente. Esta atividade tem princípios apontados pelas Diretrizes Nacionais e com orientações de acordo com os PCN a ser realizada no Ensino Fundamental (6° ano).
Perguntas sugeridas, para valorização dos conhecimentos prévios dos alunos:
·         Quais animais vocês conhecem?
·         Que tipo de alimentos os animais comem? Vegetal ou animal?
·         Seria possível um animal se alimentar de outro?
·         É possível alguém ou algum animal se alimentar de inseto?
·         E o inseto se alimenta de quê?
O professor pode inicialmente dividir a turma em grupos e explica como será confeccionada uma cadeia alimentar e sua importância, conforme representado na Figura 1. Os alunos em seguida poderão fazer os desenhos referentes aos componentes da cadeia alimentar.
Figura 1: Cadeia alimentar (nomes dos componentes).
 
Legenda: Nomes dos componentes da cadeia alimentar: grama, formiga, tamanduá, águia, bactéria e fungos.

                                        Figura 2: Materiais utilizados
 
Na figura 2 estão ilustrados os materiais a serem utilizados para realização do jogo.
1 relógio, 2 tampinhas de amaciante, 4 tampinhas de refrigerante vermelha,
6 tampinhas de refrigerante branca, 8 tampinhas de cerveja.
Figura 2: Materiais utilizados na prática equilíbrio dinâmico da vida.
Legenda: Materiais utilizados para realização da atividade: 1 relógio, 2 tampinhas de amaciante, 4 tampinhas de refrigerante vermelha, 6 tampinhas de refrigerante branca, 8 tampinhas de cerveja.
Fonte: Moreira, R. S.

Observação: esta quantidade de material é necessária para confecção de um jogo, sendo assim é sugerido ao professor pedir a ajuda dos alunos com os materiais.

Realizando o experimento: o professor leva os alunos para a parte externa da escola (pátio ou quadra) dividindo-os em grupo e apresenta o jogo, permitindo-os obter um conhecimento básico das regras e de como terão que agir durante a rodada. O jogo se passa na Mata Atlântica e gira em torno de uma cadeia alimentar que abrange os seguintes componentes: frutos, roedores, quatis, raposas, onças e parasitas. Nela, os roedores comem os frutos, os quatis comem roedores, as raposas comem roedores e quatis, as onças comem quatis e raposas e os parasitas se juntam a qualquer elemento que julguem ser vantajoso (sem especificidade parasita-hospedeiro).
Antes do início do jogo cada aluno receberá uma quantidade inicial de energia (representadas por tampinhas): os roedores iniciam com 2, os quatis, com 4, as raposas, com 6 e as onças, com 8.
O jogo se desenvolve como um pega-pega, em que os alunos correm para pegar as “presas”. Os indivíduos têm como refúgio locais de início pré-definidos pelo professor, e o local onde há os frutos, para o caso dos roedores. Quando um aluno “preda” o outro, “a presa” deverá passar sua energia para o jogador que a “predou”, sempre devolvendo uma tampinha ao juiz, como forma de mostrar que nem toda energia é aproveitada.
Cada rodada dura cerca de 1 minuto, depois os jogadores voltam a seus locais de início para a contagem da energia. Os animais perdem tampinhas (energia de manutenção) neste momento: roedores perderão uma, os quatis, 2, as raposas, 3 e as onças, 4. Após perderem as tampinhas, caso haja 2 indivíduos, uma fêmea e um macho, com quantidade de energia maior do que a energia que possuíam no início do jogo, estes se reproduzirão e causarão a entrada de um novo animal na população. Caso fique algum indivíduo com apenas 1 tampinha, este morre. A cada rodada, a perda de tampinhas e as possibilidades de reprodução e morte, serão acompanhadas diretamente pelos jogadores, com auxílio de um cartaz que explicita a dinâmica da perda e do ganho de tampinhas. Os alunos que irão morrendo, poderão nascer como integrante de alguma população em que indivíduos se reproduzirão ou nascerão como um parasita. O parasita deverá atrapalhar o jogo, se juntando a um animal e roubando metade de suas tampinhas.
A terceira situação consistirá de seis perguntas que incitarão o aluno a fazer uma análise do jogo, relacionando-o com a matéria aprendida anteriormente.
Esta etapa possibilitará uma análise na aprendizagem, relacionada ao ecossistema e suas interações.
As 6 perguntas apresentadas são:
(i) O que representam as tampinhas no jogo?
(ii) Por que, quando um animal predava, ele não ficava com todas as tampinhas da presa?
(iii) Durante o jogo, alguma população foi extinta? Em caso afirmativo, o que aconteceu? Em caso negativo, o que você acha que poderia acontecer? Essa situação poderia acontecer em ambiente natural?
 (iv) Durante o jogo houve a entrada de parasitas?
Se sim, o que aconteceu com os animais parasitados?
 Se não, o que poderia acontecer?
(v) Quais as relações ecológicas que foram representadas?
 Indique qual e cada grupo.
(vi) Que diferenças ocorreram na dinâmica populacional durante o jogo?
Com a realização do jogo será possível perceber que alguns alunos conseguirão relacionar a matéria com o jogo quando optarem pelas expressões como “predação”, “competição”, ou quando forem resolver a não se reproduzir para poupar energia e não extinguir a população. A dificuldade que poderá ser observada é em relação ao papel do parasita, pois há turmas que relacionarão com a teoria e se juntarão especificamente a uma espécie animal sem se soltar dela, enquanto em outras turmas os alunos parasitas podem se juntar a animais diferentes na mesma rodada, não identificando o real nicho ecológico do parasita que estava representando.
Prática realizada na disciplina Instrumentação para o Ensino de Ciências.               Fonte: SCHUWANKE, C. CARUSO, F. BIANCONI M.L.S, 2010. (CEDERJ-UERJ)

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